ENG
( 02 Novembro ) 2025
Abordagem
“O arquiteto deve ser versado em todas as artes e ciências, porque não pode haver conhecimento sólido em uma só parte se não for sustentado pelo todo. Assim como o corpo não está completo sem a harmonia dos membros, também a obra não se sustenta sem o conjunto dos saberes.” — adaptado Vitruvius
(século I a.C.)
No mundo clássico, o arquiteto era quem pensava a estrutura do todo, de cidades a sistemas de governo. Na Grécia e na Roma antiga, o arquiteto era um estrategista do espaço, do tempo e da vida coletiva. Alguém que reunia matemática, filosofia, estética e engenharia em um único gesto de criação.
Os princípios de utilidade, solidez e beleza, formulados por Vitruvius, sustentam essa visão ampla e integradora, pautada nas proporções humanas como fundamento. Essa perspectiva foi retomada no Renascimento, mas, com a industrialização, o papel do arquiteto se transformou. O modernismo consolidou uma prática voltada a edificações e cidades.
Movimentos como o radical italiano, o austríaco e o inglês reabriram o debate. Em 1968, Hans Hollein, em seu manifesto, apresentou a arquitetura como meio de comunicação; marca, símbolo, expressão. “A determinação e o estabelecimento do espaço, do ambiente e o condicionamento de um estado psicológico.”
No Brasil, Lina Bo Bardi já explorava há décadas essa amplitude entre arquitetura e expografia, reinterpretando o campo a partir de diferentes usos e disciplinas, buscando trazer luz à arte e à cultura popular brasileira.
Hoje, com a tecnologia aplicada a múltiplos contextos, a arquitetura volta a se transformar: torna-se novamente a arte de organizar princípios. Também vemos, cada vez mais, arquitetos atuando em diferentes disciplinas
Essa abordagem orienta nossa construção de direção criativa, branding, estratégias e experiências para marcas, além de nossos projetos proprietários como a VERSA 360 e a consultoria VERSA Creative Circle, voltada a criativos e negócios da criatividade.
Buscamos propor uma nova leitura para o campo da arquitetura, para além do convencional, entendendo-a como um sistema a serviço de algo maior, que só pode ser construído a partir da inteligência coletiva.
Tudo continua sendo arquitetura.